Sexta, 09 de Maio de 2025

Ao Band entrevista Padre Zezinho fala da sua trajetória musical e sacerdotal

07 de Novembro de 2020 Ao Band entrevista Padre Zezinho fala da sua trajetória musical e sacerdotal

Padre Zezinho, ícone da música católica no Brasil, compartilhou em entrevista detalhes de sua trajetória musical e sacerdotal. Natural de Machado (MG), mas de coração taubateano, ele falou sobre sua infância, sua inspiração na música, influências familiares e culturais que moldaram seu estilo. Com mais de 1.700 canções gravadas, o padre relatou como a música se tornou um meio poderoso de evangelização, sempre buscando traduzir a simplicidade e a mensagem da Igreja para todas as gerações.

Durante a conversa, também foi destacado seu processo criativo e o impacto de suas composições em diferentes públicos. Padre Zezinho revelou como, apesar do sucesso mundial e indicações ao Grammy Latino, sempre fugiu dos holofotes em favor de uma vida simples e dedicada à missão. Com reflexões profundas sobre o papel da música na Igreja e a importância do diálogo, ele deixou uma mensagem de paz e compreensão ao final, pedindo a bênção para todas as famílias.

A entrevista foi publicada em 07/11/2020. Mas trás informações interessantes sobre a trajetória desse ícone da música católica.

Vamos a entrevista!

Band Entrevista - Padre Zezinho, é um prazer recebê-lo aqui no nosso cantinho de entrevistas. Hoje certamente será um programa abençoado, viu?

Padre Zezinho - Espero que seja bom.

Band Entrevista - O senhor nasceu em Machado, né? No interior, em 1941. Mas veio para Taubaté com três ou quatro anos e acabou se tornando taubateano de coração, certo?

Padre Zezinho - Eu cresci no meio de machadenses, então sou muito mineiro. Mas, vivendo aqui, também adquiri uma cultura paulista. Eu diria que sou uma mistura das duas.

Band Entrevista - E o senhor vive até hoje no conventinho, em Taubaté, certo?

Padre Zezinho - Exatamente. Andei pelo mundo inteiro, mas fiquei praticamente 48 anos entre São Paulo e Taubaté por causa do meu trabalho.

Band Entrevista - Muitos o conhecem das músicas e da televisão, né?

Padre Zezinho - Sim, me veem na televisão ou pelas minhas canções, mas eu procuro não aparecer demais.

Band Entrevista - Falando das suas canções, quem viveu a infância nas décadas de 1980 até hoje com certeza conhece suas músicas. A relação do senhor com a música começou muito cedo, não foi? Por inspiração do seu pai, que era violeiro.

Padre Zezinho - Isso mesmo. Meu pai tocava viola com meus tios. Ele gostava de tocar toadas mineiras, e eu cresci ouvindo isso. Também em Taubaté, na época, tínhamos o Anacleto Rosas Júnior, e a música sempre esteve presente na cidade, com serestas e outras influências. Isso tudo foi uma boa escola para mim.

Band Entrevista - Então, além da influência familiar, o senhor teve outras formações musicais, certo?

Padre Zezinho - Sim, depois que fui estudar nos Estados Unidos, aprendi muito por lá. Em Santa Catarina, onde estudei, também tive contato com a cultura alemã e italiana. Viajei por vários países, como Espanha e Portugal, onde fui absorvendo diferentes estilos musicais. Além disso, fiz cursos de música clássica para aprender a parte técnica.

Band Entrevista - E o senhor tem mais de 1.700 canções gravadas, não é?

Padre Zezinho - Isso mesmo, mais de 1.700 canções gravadas, sem contar as inéditas. Muitas das músicas surgiram dessa mistura de influências.

Band Entrevista - O senhor falou sobre a Igreja e o Concílio Vaticano II. Como esse momento impactou a sua forma de compor?

Padre Zezinho - O Concílio Vaticano II foi um divisor de águas. Eu estava em formação durante aquele período e fui muito impactado pelos documentos, principalmente a "Gaudium et Spes", que fala sobre a Igreja no mundo contemporâneo. Isso tudo moldou meu pensamento, e quando faço música, penso que o povo que não lê precisa ouvir canções que traduzam essas mensagens.

Band Entrevista - E suas músicas são cantadas por todas as idades, inclusive crianças. Como o senhor faz essa divisão de composições?

Padre Zezinho - Quando quero fazer uma música só para crianças, eu componho especificamente para elas. Mas, muitas vezes, componho algo que a família inteira possa cantar. Um exemplo é "Amar Como Jesus Amou", que surgiu de uma conversa com uma menina de nove anos em Portugal. Depois que falei com ela, fiz a música, e ela virou um sucesso.

Band Entrevista - Além de compor, o senhor também foi indicado ao Grammy Latino em 2010, não é? Mas recusou. Como foi isso?

Padre Zezinho - Fui indicado, sim, mas recusei. Sempre fugi da fama exagerada. Brinco que "vinho bom você toma só um pouquinho". Sucesso demais pode fazer mal. Meu foco é a mensagem, e não me deixo levar por holofotes.

Band Entrevista - Isso está ligado à forma como o senhor enxerga a comunicação em massa?

Padre Zezinho - Exatamente. A comunicação de massa é importante, mas o mensageiro não pode ser maior que a mensagem. A mensagem é o centro, e o mensageiro tem que ter o cuidado para não se perder no sucesso.

Band Entrevista - O senhor mencionou que evita o sucesso excessivo, mas, hoje em dia, com as redes sociais, o senhor é bastante atuante, certo?

Padre Zezinho - Sim, tenho minhas redes sociais, mas sempre com cautela. Algumas mensagens chegam a um milhão ou dois milhões de pessoas, mas muitas vezes são menos, e está tudo bem. Prefiro promover os outros, como os jovens cantores que ajudei a formar. Eles seguem seus próprios caminhos, e eu fico feliz em ver isso.

Band Entrevista - Sobre essa nova geração de padres cantores, o que o senhor acha? Cada um lida com o sucesso de uma forma diferente, não é?

Padre Zezinho - Sim, cada um tem seu estilo. Alguns são mais tradicionais, outros são mais populares, e eu respeito isso. Eu mesmo me preocupo com o meu trabalho e sigo meu caminho. Não há necessidade de copiar ninguém. Cada um deve encontrar seu jeito de comunicar, desde que não perca o foco na mensagem maior.

Band Entrevista - E como é seu processo criativo? O senhor compõe pensando em algo específico?

Padre Zezinho - Eu sempre componho com a intenção de que as pessoas cantem juntas. Minha música é feita para ser dialogada. Aprendi isso em cursos nos Estados Unidos e em diálogos com outros músicos, como Roberto Carlos e Renato Teixeira. O importante é que a canção toque o coração das pessoas.

Band Entrevista - O senhor sofreu um AVC em 2012, mas ainda continua compondo, certo?

Padre Zezinho - Sim, continuo compondo, mas já não canto mais como antes. Tenho muitas músicas inéditas ainda, e sempre penso em como posso usar isso para evangelizar.

Band Entrevista - Padre, antes de encerrarmos, gostaria que o senhor deixasse uma mensagem final e, se possível, cantasse um trechinho de "Oração pela Família".

Padre Zezinho - Claro. "Abençoa, Senhor, as famílias, amém. Abençoa, Senhor, a minha também". Que todos que assistiram ao programa sejam iluminados e sejam luz para os outros. E lembrem-se: podemos discordar, mas não precisamos brigar. O diálogo é a chave.

Band Entrevista - Obrigado, Padre Zezinho, por sua presença e por nos abençoar com suas palavras.

Fonte: MC Produções Eventos
https://www.youtube.com/@mcproducoes

Contato para shows: Mário Carlos (81) 9.9984-1162
Site oficial: www.mcproducoeseventos.com.br
E-mail: mcarlosrr@terra.com.br
Facebook: mcproducoes.eventos
Instagram: mcproducoeseventos
#PadreZezinho #MCProduçõesEventos #Shows

Colabore com esta obra de evangelização - doação via pix para 73988968295 Fundação Educacional Artística e Cultural Cidadania