O dia em que o Papa Francisco teve a certeza de que queria ser padre
23 de Setembro de 2022
À frente da Igreja Católica há quase dez anos, o Papa Francisco celebrou milhares de missas, fez inúmeras homilias e, certamente, ministrou sacramentos a dezenas de milhares de pessoas.
Mas como surgiu a vocação do jovem Jorge Mario Bergoglio? Bem, esse chamado ao sacerdócio tem origens em um encontro casual ocorrido 69 anos atrás entre Bergoglio, então estudante de química, e um padre. O encontro aconteceu em uma igreja da Argentina.
O Papa fala sobre isso no livro Des pauvres au Pape, du Pape au monde (“Dos Pobres ao Papa, do Papa ao Mundo”), que foi publicado incialmente em francês, italiano e alemão. Na obra, o Pontífice responde com total liberdade – e simplicidade – a uma centena de perguntas feitas por pessoas pobres de várias partes do planeta.
“Como o senhor sentiu o chamado para ser padre?”, perguntou Françoise, uma mulher francesa de Angers. Aqui está a resposta dele:
“Nunca esquecerei. Era 21 de setembro de 1953. Na Argentina, 21 de setembro é o Dia dos Estudantes, e eu estava prestes a fazer um piquenique com meus amigos. Eu passei pela igreja de São José de Flores e entrei. Eu era católico. Estava estudando química para me tornar médico. Então, eu entrei e lá vi um padre que eu não conhecia. Ele se sentou no confessionário e eu senti um impulso para confessar. Eu não sei o que aconteceu nem quanto tempo durou a confissão. Mas eu me levantei, fui para casa e, gradualmente, percebi que Deus estava me chamando. Continuei com minha vida normal: escola, amigos, trabalhando pela manhã em um laboratório… Mas, em 1956, três anos depois, ingressei no seminário. Eu tinha vinte anos de idade. Quero dar testemunho a este sacerdote que eu não conhecia. Ele veio da província de Corrientes, e tinha sido ator de teatro. Ele estava em Buenos Aires para tratar a leucemia. Dez meses depois de nosso encontro, ele morreu. Foi ele quem me guiou, quem me ajudou. De fato, eu continuei a vê-lo. Depois de seu funeral, fui para casa e chorei, e chorei. Eu estava em estado de angústia, em um sentimento de abandono. Sempre me lembrarei dessas lágrimas. Depois as coisas foram devagar. Mas a certeza nasceu naquele dia, 21 de setembro de 1953. A certeza de um presente.”
Fonte: Aleteia
https://pt.aleteia.org
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